História da Companhia de Artilharia 1688 na Guiné Bissau entre 1967 e 1969

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

O 3º GRUPO DE COMBATE RUMOU A ENCHEIA


No dia 4 de Junho de 1967, o 3º Grupo de Combate, saíu em viaturas com destino a João Landim, onde embarcámos numa LDM com destino a Encheia.
A LDM ia sobrecarregada, pois além do pessoal referente ao Grupo de Combate e suas respectivas bagagens, trasportávamos uma viatura Unimog, pelo que a Porta da LDM ia semi fechada. A viagem decorreu de noite, sem qualquer anormalidade, até cerca das 21 H3o a menos de mais hora de Encheia houve necessidade de encostar à margem pois a LDM estava a meter àgua pela porta levadiça.
Encontrava-me a dormitar no bojo da LDM, junto ao Unimog, deitado sobre dois bancos de madeira, quando senti que a àgua estava já com abundância dentro da LDM. Imediatamente
me coloquei em pé e verifiquei que a àgua já me dava pelos joelhos.
Gritei pelos fuzileiros a quem lhes comuniquei o ocorrido. Imediatamente colocaram a bomba a trabalhar, para se proceder ao escoamento da àgua. A mesma não respondeu de imediato pelo que se temeu o pior, Lá estivémos a acalmar o pessoal, espalhado pela LDM pois alguns já estavam a querer saltar para a àgua. Evitou-se o pior.
Os fuzileiros lá conseguiram colocar a bomba a trabalhara e a àgua lá se escuou.
.Entretanto as bagagens pessoais como vinham no porão ficaram inutilizadas danificadas e algumas perdidas definitivamente. Também material de guerra se perdeu definitivamente
No cais de Encheia aguardavam-nos o pessoal que restava do Pelotão que íamos render.
Nós a desembarcar e eles a meterem atarefadamente os seus haveres, precipitando-se numa fuga de Encheia pois nem sequer cohabitaram connosco até ao dia seguinte. Meterem-se na LDM e de madrugada lá rumaram a joão Landim.
O pequeno aquartelamento deEncheia não oferecia qualquer segurança; não havia electricidade
o arame farpado estava mesmo junto de pseudos abrigos . O velhos entretanto para espevitarem os piriquitos, fizeram algumas rajadas de G3 e claro os nossos soldados não responderam mas procuraram o abrigo mais próximo. Pela minha parte, formei um voo e entrei pelo abrigo ( o tal que mais tarde arriou sózinho) tendo batido com a cabeça no cibo da entrada tendo feito um enorme galo na testa.
Na manhã do dia seguinte partimos à descoberta de Encheia, medrosos, pois sabìamos que o pelotão rendido havia sofrido um ataque à cerca de mês e meio, que provocou a morte de 5 soldados e vários feridos. Por conseguinte Encheia passou a ser para nós um lugar mítico, mas que com o decorrer do tempo soubémos conquistar.
As primeiras semanas em Encheia foi de conhecimento geográfico, montámos algumas emboscadas, noturnas e diurnas, fizémos alguns patrulhamentos e como existia população civil em redor de Encheia procurámos estabelecer uma relação de convívio normal, sem tentar impor uma autoridade, que não a tinhamos mas que os nativos respeitavam .
A existência de um chefe de Posto e alguns cipaios, também permitiu que o nosso relacionamento fosse normal
De qcordo com uma táctica escolhida pelos graduados Alferes Jesus, Sargento Vieira, e furrieis
Rogério, Neto e Nóbrega, passámos a tratar o chefe de Posto com alguma deferência, mas sempre de pé atrás porque não nos merecia à partida toda a confiança, e simultâneamente, procurávamos informações junto de cipaios, do velho Naim, ou ainda do Danif quando lá se encontrava. (Estes dois ultimos eram comerciamtes locais- O Velho Libañês Naim, tinha negócio por conta própria; o Danif representava a Casa Gouveia.
Sobre Encheia voltaremos mais adiante com novas

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